7 de dezembro de 2009

O tamanho das "coisas" - Parte I: "Dando nome aos bois"


E passaram-se 4 meses. Falando assim parece pouco, mas meu Deus, quanto tempo! ... quanta coisa eu fiz... quanta gente eu conheci... e quantos  lugares eu descobri! Sinceramente parece muuuito mais! E no fim das contas, é realmente mais.
Enfim chegou a hora de voltar pra casa. E embora eu deseje voltar para tudo o que está guardado nas minhas boas lembranças... eu desejo também ver tudo diferente! E provavelmente isso acontecerá. Se tudo depende dos olhos que vêem, eu tenho uma notícia pra vocês: estes aqui mudaram bastante. Mas infelizmente poucas pessoas perceberão no que estes olhos mudaram...
Antes de sair do Brasil, alguém me disse uma coisa mais ou menos assim: “quando você voltar, isso tudo aqui será muito pequeno pra você... muito pouco.” Eu respondi que não. Disse que certas coisas nunca deixavam de ser grandes. Que bela resposta não?!
Pois é, mas eu estava enganada. De fato esta viagem serviu para mudar o tamanho e a intensidade das “coisas”. Na verdade, serviu para dar o real tamanho e contorno às “coisas”.
Falo de alguns bons aspectos... que permeiam diversas ordens. Algumas “coisas” passaram a ser enormes, outras, porém, perderam a demasiada importância que lhes eram dadas. E surgiram outras tantas...
Hoje, mais que nunca, sei onde fica o meu chão.
Não sei quanto exagero tem em dizer que essa experiência mudou muito em mim, mas essa é uma verdade!
Aprendi como é essencial ter pra onde voltar, pra onde ligar e melhor...pra quem. Aí a importância da presença da família, dos amigos... daquela vista que só a janela do meu velho quarto proporciona, que nem tem muito a dizer, mas que significa muito. Aprendi a ficar sozinha, e por isso a dar valor às boas companhias..., mas também a dispensar as dispensáveis, que acabam por depender demais, e engessam as trocas saudáveis.
Aprendi que não adianta achar que o outro já sabe o que você sente... É preciso dizer. Às vezes faz bem.
A saudade é boa... mas só enquanto se espera o reencontro... que sabe-se estar por vir.
Aprendi que certas “coisas” são mesmo substituíveis... mas outras, são inesquecíveis! Por exemplo, o meu travesseiro! O gosto do queijinho branco que só se vende na mercearia do Clécio, lá na Vila Mozart. E o que dizer da Parmegiana do Sr. Roberto!!! Ahhh....
Dizem que é preciso perder para dar valor, mas nem precisa de tanto...rs. Basta que mudem-se as condições, e aprende-se logo como é bom poder fazer xixi sentada...hehehe (principalmente depois de 4 meses...rs). Sinceramente, pra mim, esse é o maior símbolo de confiança que há...rs.
Espero mesmo que tudo isso faça uma grande diferença em mim... e que isso reflita nas pessoas... mas naquelas que realmente importam. 
Algumas coisas mudaram, outras nasceram, cresceram, outras se foram... mas não posso dizer que sou outra pessoa... que tudo está diferente... até porque, em mim, como em QUASE tudo, a soma das partes é muuuuuito maior que o todo. E de novos contornos, só mesmo o meu manequim, que de 36, passou pra 38!

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