26 de outubro de 2009

Malbork: um castelo e nada mais

Durante a segunda semana de trabalho, o Andrzej veio me dizer que iríamos até Malbork conhecer o grande castelo. Isso porque o dono da empresa e o Marek tinham uma reunião por perto e queriam aproveitar pra me mostrar a região.

Marcaram quarta-feira no escritório às 8 da manhã. Fomos direto pra Malbork, quase uma hora de carro saindo de Sopot. O Andrzej foi de guia e me explicou toda a história. Levou até livros, e durante a viagem fomos todos falando sobre história. O dono da empresa quase sabia mais da história do Brasil do que eu...rs. Foi por pouco! Hehehe
Malbork é uma cidade pequena, que se desenvolveu muito pouco desde a época dos Cavaleiros Teutônicos.
O castelo é enoooorme e todo construído com tijolos. Impressionante. Entramos e ficamos por lá quase 3 horas. Parte do castelo está em reconstrução.
De fato a cidade é o castelo e nada mais. Pelo menos essa é a impressão que tive. Fomos caminhar pela cidade, e não vi nada de interessante. Nos encontramos novamente com João e Marek e decidiram me mostrar Elblag, que fica uns 20 minutos de Malbork.
Foi em Elblag que tive o primeiro contato com a verdadeira comida polonesa. Me levaram num restaurante super bacana e deixei que escolhessem todo o meu menu, só coloquei uma condição: que tivesse carne de verdade! Foi muito engraçado...porque o Marek e o Andrzej ficavam discutindo em polonês qual seria o melhor pedido pra mim, tudo para garantir que minha má impressão da comida polonesa se fosse.
Vou dizer que fiquei quase 24 horas sem comer depois desse episódio. Nunca comi tanto na minha vida! Isso porque já havia tomado um capuccino e comido 2 pedaços de bolo em Malbork com o Andrzej.
Enquanto esperávamos os pratos, veio um pão com um patê que eles disseram ser tradicional. Patê de banha!!! Acho que tinha bacon também. Devo estar cometendo o maior erro dizendo isso, porque não sou muito boa pra identificar ingredientes. Comi, mas trocaria por um patê do Rena...ahahahha
De entrada sopa de frango (claro que a sopa é total e completamente aguada!!!), mas estava mesmo boa. Tinha uns pedaços de massa, que eles chamam de noodles, cenoura e frango.
O prato principal foi uma carne bovina recheada (nem acreditei, quase chorei...rs). Batatas assadas e beterrabas. Divino!!! Foi aí que minha péssima impressão em relação a comida polonesa foi embora. Mas vamos concordar que não dá pra ir num restaurante daqueles todos os dias.
Eu estava muuuito satisfeita, quando tocaram no meu ponto fraco. Perguntaram sobre a sobremesa. Pensei 2, 3...até 7 vezes pra dizer: ''Não, obrigada. Mas estou muito satisfeita''. Que dia que eu conseguiria falar isso né?! Só disse que poderíamos esperar um pouco...mas não descartando a possibilidade tardia...rs
Resolvemos caminhar pela cidade um pouco e paramos num outro café. Tomamos um expresso, que de tão forte vinha acompanhado de um copinho d`água. E então pediram a sobremesa. Meu Deus. Que gula! Um pedaço bem servido de torta de maçã. Chamam aqui de Charlote... Muito, muito, muito boa. Tanto que repeti mais umas duas vezes. Calma gente. Não foi no mesmo dia! Comi outros dias em Gdansk mesmo...rs.
Voltamos pra Sopot...(eu poderia ter voltado rolando...rs)...mas dormi muito bem (alimentada!...hehehe).




























16 de outubro de 2009

Rumo a capital...

Saindo de Torún, pegamos um trem bem mais confortável para Varsóvia, que em polonês diz-se Warszawa, que é a capital e a maior cidade da Polônia. Localiza-se nas margens do rio Vístula, a cerca de 350 km da costa do Báltico. A sua população, em 2004, estava estimada em quase 1.700.000 habitantes. Sucedeu Cracóvia como capital do país em 1596 e seu Centro Histórico foi inscrito pela UNESCO na lista do Patrimônio Mundial em 1980.


Chegamos em Varsóvia antes do meio-dia e fomos encontrar os outros. O Mauro mandou por mensagem as coordenadas para chegarmos ao Crocodile Hostel. Ficava um pouco distante, mas quando entramos, meu Deus! Que benção...rs. Era um hostel 5 estrelas. Tudo novo e muito limpo. Perfeito!

Saímos todos direto para o centro da cidade, que por sinal estava lotada também, uma vez que chegamos bem no dia do show da Madona. Para o nosso azar muitos pontos turísticos estavam fechados (pois era feriado lembra?).

Mas este pequeno detalhe não atrapalhou nossos planos. Andamos muuuito pelo centro e pela Old Town.

Diria que Varsóvia está em pleno crescimento. Muitos canteiros de obra, grandes edifícios novos e uma cara bem consolidada de cidade grande...''cosmopolitan''.

Tive a oportunidade de conhecer um edifício do Foster e de ver o canteiro de obras de um edifício do Daniel Libeskind. Essa foi para mim a melhor surpresa que Varsóvia poderia me reservar.

Já a Old Town, embora deva ser admirada como uma aula de perseverança, já que foi deixada em escombros depois de um histórico levante contra os nazistas em 1944, não me despertou grandes sensações. 75% do território de Varsóvia teve que ser reconstruído no pós-guerra. Tijolo por tijolo, as casas coloridas da Old Town foram reconstruídas exatamente como eram no século 17 e hoje abrigam cafés, bares e restaurantes com mesas na calçada.

Há de se concordar também que os parques, palácios e museus estão em ótimo estado de conservação. Percebe-se que a cidade, depois do histórico de destruição, faz questão de se manter impecável.

Ficamos na Old Town até depois da meia-noite, passamos pelo Pizza Hut, onde tive a oportunidade de provar pela primeira vez na Europa um suco natural (tudo bem que usaram meio limão para cada 2 litros d`'agua, mas já é um indício de vida natural por aqui...rs). Voltamos para o Hostel e nem nos animamos a conhecer a vida noturna da cidade. Também teríamos que acordar muito cedo no outro dia, pra continuar as caminhadas e dar tempo de fazer tudo, já que nosso trem partia no domingo as 18 horas.

No domingo combinamos de nos encontrarmos para o café às 8:30. E que café!!! hehehehe. Deu pra alimentar bem viu. Arrumamos nossas coisas, fizemos o check-out e fomos para a estação central, onde locamos um compartimento de segurança e guardamos todas as mochilas. Isso facilitou, pois já que estaríamos andando pelo centro, não precisaríamos voltar ao Hostel e depois pegar o trem.

No centro, subimos na torre do relógio; fomos até o Palácio Wilanow; na citadela; atravessamos o rio; caminhamos muuito; fomos até a área da cidade que não foi destruída na época da Guerra, mas que está sendo destruída agora pelo descuido; voltamos na Old Town. Enfim conhecemos Varsóvia praticamente a pé.

Hora de partir... rumo a Gdansk. Segunda todo mundo trabalha né gente!